Um asteroide cinco vezes maior que um navio transatlântico vai passar nesta sexta-feira a 5,8 milhões de quilômetros da Terra, uma distância curta em termos astronômicos, informou a agência espacial norte-americana (Nasa).
Embora esse asteroide, denominado 1998 QE2, não represente interesse para os cientistas que estudam os objetos que potencialmente ameaçam a Terra, também será examinado pelos astrônomos que tentam descobrir os segredos destes visitantes celestes.
“O asteroide 1998 QE2 é um objeto de grande interesse para o radiotelescópio de Goldstone, na Califórnia, e o telescópio de Arecibo, em Porto Rico, porque esperamos conseguir imagens de alta resolução que podem revelar muitas características de sua superfície”, disse o astrônomo Lance Benner, principal encarregado científico do radar Goldstone no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da Nasa, em Pasadena, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Seguindo a trajetória atual, o 1998 QE2 atingirá às 21h59 (hora de Lisboa, 1h59 no Brasil) de amanhã o ponto mais próximo da Terra e só voltará a aproximar-se dentro de cerca de 200 anos.
O asteroide, que mede cerca de 2,7 quilômetros de diâmetro, não poderá ser observado a olho nu ou com binóculos: sua baixa luminosidade só o torna visível aos telescópios mais potentes.
O interesse público nos objetos celestes que passam perto da Terra reacendeu-se depois da queda do meteorito de Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro passado.
A Nasa, que considera a busca por asteroides uma alta prioridade, já identificou e indexou mais de 98% dos maiores asteroides, de mais de um quilômetro de diâmetro, que estão nas proximidades da Terra.
Os astrônomos detectaram e catalogaram 9.500 objetos celestes de todos os tamanhos que cruzam perto da Terra, provavelmente um décimo do total.
Fonte: Uol
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