O planeta Netuno está dando um nó nos neurônios dos planejadores da Nasa que desejam muito enviar uma nave até lá, mas não sabem como. A ambição se explica por Netuno ser uma das maravilhas do Sistema Solar. Antes de mais nada, em sua atmosfera ultra-densa a pressão esmaga átomos de carbono até transformá-los em nuvens e chuvas de diamantes. Nada mau, certo? Mas não é só: Netuno também pode ter sido responsável pela presença de água na Terra. Acontece que sua atração gravitacional mantém aprisionados, como num carrossel, dezenas de corpos celestes feitos de água pura, congelada. Um deles teria saído da rota, há bilhões de anos, e caiu aqui. Derretida pelo calor da colisão, sua massa líquida encheu os oceanos. O dilema é que Netuno, à distância de quase 4 bilhões de quilômetros da Terra, está muito além das forças de qualquer foguete. Nenhuma nave chegaria lá em menos de 30 anos, prazo longo demais para uma missão. Mas, para o engenheiro Charles Gardner, um dos que tentam sair da sinuca de bico na agência espacial americana, a solução é desenvolver uma tecnologia inteiramente nova – ele acha que dá para velejar até Netuno.
A vela teria que ser enorme, com 250 000 metros quadrados. Depois de esticada, ela seria inflada pela luz do Sol. Lenta a princípio, a nave acabaria com supervelocidade e alcançaria Netuno em meros três anos.
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